bate-bola

As melhores entrevistas do basquete feminino no Brasil

quinta-feira, junho 14, 2007

Adriana Santos

1) Como, quando e onde você começou a jogar basquete?

Comecei a jogar com 12 anos em São Bernardo do Campo, entrei para um curso esportivo onde se praticavam vários esportes, e no início queria treinar natação.

2) Foi muito difícil o início?

Um pouco, pois eu morava muito longe do local dos treinos, mas sempre tive o apoio dos meus pais.

3) Em que ocasião você teve a sua primeira convocação para a seleção?

A minha 1a convocação para a Seleção Brasileira Adulta foi em 1990.

4) Aos 20 anos, você já era titular de uma das maiores equipes do Brasil: o Leite Moça/Sorocaba e jogava ao lado de nomes, como Hortência, Janeth e Marta. Isso te assustava?

Eu nunca tive preocupação com esse tipo de coisa, pois eu fui para lá sabendo que eu iria jogar com elas. Tive que ter muita personalidade com apenas 20 anos

5) Você iniciou como armadora e aos poucos foi passando para a ala. Como foi essa mudança? Algum técnico contribuiu para isso?

Quando eu comecei eu era lateral, mas quando fui para o Leite Moça não tive opção, ou jogava na armação ou ficava no banco, porque as duas laterais eram as melhores do mundo (Janeth e Hortência). Eu não teria chance de jogar na minha posição, tendo que me adaptar e foi bom para mim.

6) Você sempre esteve jogando em equipes com as maiores estrelas. Passou um período com Hortência, em Sorocaba; acampanhou a Paula, em Piracicaba e Campinas, e agora a Janeth, em Santo André. Sobre isso:
Como foi e continua sendo essa relação com os grandes nomes? É difícil?

Nunca tive problemas com as jogadoras consideradas "estrelas". Hortência, Paula e Janeth todas têm seu jeito de ser, e eu respeito-as. São 3 grandes exemplos a serem seguidos.
Como foram os momentos em que você jogou com maior responsabilidade, como no Guaru, em 93, e na Uniban, em 97?
Eu não vejo dessa maneira, eu acho que foram momentos diferentes; no Guaru eu vinha de uma cirurgia no joelho e lá serviu para que eu mostrasse a todos que ainda poderia jogar bem, lá eu não tinha responsabilidade alguma. Já na Uniban eu fui muito feliz, pois voltei a jogar na minha cidade após o basquete ficar praticamente morto por 10 anos, eu era líder da equipe, mas nós sabíamos das nossas limitações. Tenho certeza que cumpri meu papel.

7) Qual a sua conquista mais emocionante até hoje? E o momento mais triste?

A maior conquista foi ser Campeã Mundial e Prata nas Olimpíadas.

O momento mais triste foi quando eu estava na Seleção Juvenil e soube que minha mãe havia falecido.

8) No Arcor, seu jogo está ficando mais concentrado nos arremessos de três. E as suas infiltrações?

Continuo infiltrando, mas acho que estou me aprimorando a arremessar mais rápido e o resultado está me agradando.

9) Como você encarou a eliminação do BCN pela CBB? Isso vai acabar prejudicando o Arcor, que fica sem ritmo de jogo?

Fiquei triste com tudo isso que aconteceu, pois acho que o jogo deve ser ganho dentro das quadras. Quanto ao ritmo isso é relativo, vamos treinar forte para a final; pode ser a falta de ritmo contra o cansaço.

10) Na seleção brasileira, você é nome certo. Quais as suas expectativas para sua terceira Olimpíada?

Penso apenas em jogar bastante e ajudar o Brasil a trazer a medalha.

11) Você tem tido maiores chances agora na seleção. Se sente muito cobrada?

Nunca me sinto muito cobrada de nada, pois vou e tento fazer o meu melhor sempre. Cobrança gera insegurança e eu nunca penso nisso .

12) Quais os piores adversários do Brasil, em Sydney?

Todos são difíceis pois se trata dos melhores times dos seus países, mas os Estados Unidos e a Austrália na minha opinião são os favoritos.

13) Você pensa na possibilidade de uma carreira internacional? A WNBA te interessa?

Acho que tudo tem sua hora. Se eu tiver oportunidade com certeza vou aceitar ir para a WNBA.

14) O Bate-Bola do Painel para encerrar:
O jogo que eu não esqueço:
Arcor x Paraná (Final do Sul-Americano de Clubes 1999)

O jogo que eu tento esquecer e não consigo:
Brasil x Canadá (Jogos Pan-Americanos 99)

Um time:
Arcor, claro!

Um campeonato:
WNBA, pela organização e marketing

Um(a) técnico(a):
Meu 1o técnico, Luiz Watanabe

Uma colega:
Roseli, do BCN

Uma estrangeira:
Marina Ferraguci, Espanhola

Uma quadra:
A nova de São Bernardo, ficou linda

A bola que eu chutei e caiu:
Na final do Sul-Americano de Clubes 1999

A bola que eu chutei e não caiu:
Não me lembro, ou não quero lembrar

Uma marcadora implacável:
Todas as australianas

Um grande abraço a você e sorte para o Arcor na final do Nacional.

Um Super abraço e obrigada,

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