Branca - II
Um é pouco. Principalmente quando se trata de Maria Angélica Gonçalves da Silva, a Branca, uma das maiores armadoras que as quadras brasileiras já conheceram. Além disso, uma pessoa especial, sincera, que nunca cedeu às conveniências ou se utilizou de meias-palavras. Por isso ela está de volta, num longo e verdadeiro papo sobre a participação da seleção feminina nas Olimpíadas de Sydney.
Branca, hoje vamos aproveitar seus conhecimentos para dicutir as possibilidades do Brasil nas Olimpíadas que se aproximam. Mas vamos começar mais 'light'. Você disputou as últimas Olimpíadas, em Atlanta. Como foi a sensação? Como era o clima na Vila Olímpica? Qual jogo ou lance mais te marcou? Qual é a magia do evento?
Sensação: maravilhosa, por principalmente saber que dentro daquele universo existe um reconhecimento que dinheiro nenhum no mundo pode pagar.
Delegação Brasileira: Nuzzman sempre coloca a delegação brasileira distante do refeitório, da boate, do shopping, da internet, isso tem o lado bom porque realmente é agito e talvez ficaria todo mundo muito disperso, mas em compensação para almoçar, jantar era sempre uma viagem (isso em Atlanta).Fatos curiosos e interessantes acontecem todos os dias.
Ídolos: dentro da própria delegação existem atletas que temos como ídolos, simpatizantes... e isso já faz com que... Ah! Ah”! O fulano, a ciclana. Como também uma forma de entrosamento, tirar fotos, bater papo.
Lavanderia: no prédio tinha lavandeira, na ocasião não tínhamos a Matilde (manager) e revezávamos cada dia eram duas que deveria cuidar das roupas, de treino e jogo e isso era cômico, porque os meninos de outras modalidades tinham que se virar e são muito estabanados, jogam tudo de uma só vez nas máquinas, cueca com pijama, com roupa de sair...
McDonald´s: em Atlanta, nos 4 cantos da Vila tinha um, então já viu, quantas vezes entrar no Mc pra pegar batatinhas, cocas...! Que bela alimentação de um atleta!
Refeitório: sempre um lugar interessante, japoneses comendo arroz de manhã , os italianos no almoço fazendo aquele prato imenso de macarrão, (embora o carboidrato seja utilizado pela grande maioria), aqueles cubanos famintos... na verdade uma mistura em tudo, no começo da competição fica impossível achar um lugar para todo o grupo, afinal são 10/12 mil atletas + os cartolas (que não são poucos).
Sala de musculação: encontrávamos a maioria dos atletas, porque hoje existe um grande hábito de fazer peso, ou apenas fortalecimento, no dia do jogo.
Transporte dentro da Vila: carrinhos (trenzinhos) que nos levavam até o refeitório entre outras partes da Vila, era simplesmente uma Torre de Babel, porque são todas as raças, todas as línguas, todas as modalidades e diferentes seres que são simples mortais, como todos nós.
Jogo da Véspera: não tenho dúvida de que o lance que mais marcou foi a nossa passagem, o dia em que tivemos a garantia de que estaríamos disputando a medalha de ouro x EUA.
Magia: do evento é saber que entre tantos milhões de brasileiros e de seres humanos que praticam esportes no mundo, és uma pessoa privilegiada por estar lá na Vila e fazendo parte do maior evento do planeta.
Branca, hoje vamos aproveitar seus conhecimentos para dicutir as possibilidades do Brasil nas Olimpíadas que se aproximam. Mas vamos começar mais 'light'. Você disputou as últimas Olimpíadas, em Atlanta. Como foi a sensação? Como era o clima na Vila Olímpica? Qual jogo ou lance mais te marcou? Qual é a magia do evento?
Sensação: maravilhosa, por principalmente saber que dentro daquele universo existe um reconhecimento que dinheiro nenhum no mundo pode pagar.
Delegação Brasileira: Nuzzman sempre coloca a delegação brasileira distante do refeitório, da boate, do shopping, da internet, isso tem o lado bom porque realmente é agito e talvez ficaria todo mundo muito disperso, mas em compensação para almoçar, jantar era sempre uma viagem (isso em Atlanta).Fatos curiosos e interessantes acontecem todos os dias.
Ídolos: dentro da própria delegação existem atletas que temos como ídolos, simpatizantes... e isso já faz com que... Ah! Ah”! O fulano, a ciclana. Como também uma forma de entrosamento, tirar fotos, bater papo.
Lavanderia: no prédio tinha lavandeira, na ocasião não tínhamos a Matilde (manager) e revezávamos cada dia eram duas que deveria cuidar das roupas, de treino e jogo e isso era cômico, porque os meninos de outras modalidades tinham que se virar e são muito estabanados, jogam tudo de uma só vez nas máquinas, cueca com pijama, com roupa de sair...
McDonald´s: em Atlanta, nos 4 cantos da Vila tinha um, então já viu, quantas vezes entrar no Mc pra pegar batatinhas, cocas...! Que bela alimentação de um atleta!
Refeitório: sempre um lugar interessante, japoneses comendo arroz de manhã , os italianos no almoço fazendo aquele prato imenso de macarrão, (embora o carboidrato seja utilizado pela grande maioria), aqueles cubanos famintos... na verdade uma mistura em tudo, no começo da competição fica impossível achar um lugar para todo o grupo, afinal são 10/12 mil atletas + os cartolas (que não são poucos).
Sala de musculação: encontrávamos a maioria dos atletas, porque hoje existe um grande hábito de fazer peso, ou apenas fortalecimento, no dia do jogo.
Transporte dentro da Vila: carrinhos (trenzinhos) que nos levavam até o refeitório entre outras partes da Vila, era simplesmente uma Torre de Babel, porque são todas as raças, todas as línguas, todas as modalidades e diferentes seres que são simples mortais, como todos nós.
Jogo da Véspera: não tenho dúvida de que o lance que mais marcou foi a nossa passagem, o dia em que tivemos a garantia de que estaríamos disputando a medalha de ouro x EUA.
Magia: do evento é saber que entre tantos milhões de brasileiros e de seres humanos que praticam esportes no mundo, és uma pessoa privilegiada por estar lá na Vila e fazendo parte do maior evento do planeta.
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